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Justiça proibe ativista de vir a Dourados
Camila Jourdan participaria de evento que acontece na UFGD, no entanto, a viagem da docente foi proibida
Censura. É assim que a professora Camila Jourdan, doutora em Filosofia e coordenadora de pós-graduação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), define a decisão judicial que a impediu de viajar ao Mato Grosso do Sul para participar de um evento da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde seria uma das palestrantes.
Na próxima sexta-feira, a docente ingressaria no “IV Encontro de Integração: Dias de História”, palestrando sobre o tema “Jornadas de Junho, Perseguições Políticas e Anarquismo Hoje”. Na oportunidade, ela relataria as experiências que teve ao longo de sua carreira acadêmica e de suas ações como ativista, incluindo todo o processo que acarretou em sua prisão.
Durante a Copa do Mundo no Brasil ela acabou detida com outros ativistas por protestos contra os gastos do Governo Federal com o Mundial. Ela conseguiu habeas corpus e vai responder pelo processo em liberdade. Em uma publicação no Facebook, Jourdan relatou que a justiça a proibiu de viajar por considerar que “a atividade de dar palestras não é essencial ao exercício de sua atividade profissional”. “Como assim?”, questionou.
Ela alega estar sendo alvo de censura. “Mais um absurdo sem precedentes. Acabo de ser censurada. […] O que a sociedade tem a dizer sobre isso? Esta censura precisa ser denunciada! Peço a todos que denunciem isso em todos os meios que tiverem acesso. Querem nos calar!”.
Confira a postagem completa da professora
“Mais um absurdo sem precedentes. Acabo de ser censurada. O juiz responsável pelo caso indeferiu meu pedido de ir a Dourados-MS, dar uma palestra no IV Encontro de Integração: Dias de História, na UFGD. A justificativa do magistrado é que a atividade de dar palestras não é essencial ao exercício da minha atividade profissional. Como assim?!? Eu sou uma professora universitária, o programa de pós-graduação em Filosofia da UERJ é avaliado inclusive levando em conta minha produtividade acadêmica…Além disso, houve financiamento público para possibilitar minha ida, a decisão do juíz, dois dias antes da palestra, com hospedagem paga, passagem, refeições, gera prejuízo ao dinheiro público. O que a sociedade tem a dizer sobre isso? Esta censura precisa ser denunciada! Peço a todos que denunciem isso em todos os meios que tiverem acesso.